Ao pedirem demissão conjunta, após a exoneração do ministro da Defesa, os comandantes das Forças Armadas deram um duro recado, ou melhor, um chute com botas de pelica naquele que deveria ser, também na prática, a maior autoridade do Brasil. Os generais não cederão aos rompantes autoritários de Jair Bolsonaro. Finalmente, não se curvaram ao (reles) capitão dentro do governo. Mostraram que Bolsonaro tem o exército de um homem só. Após o episódio, inédito na história do Brasil, alguns oficiais superiores já utilizam o termo “ladrãozinho” ao se referirem ao presidente, famoso pelos esquemas de desvio de recursos públicos nos gabinetes parlamentares dos tempos da vida fácil de deputado, que durou 30 anos e lhe rendeu um patrimônio familiar milionário. Nessa conjuntura, portanto, podemos fazer uma leitura sobre o isolamento do presidente e suas consequências. Primeiro, é preciso dizer que um golpe militar não se faz com ameaças prévias, públicas, numa live do Facebook, como sugere Bolsonaro....
Opinião, informação e, sobretudo, posicionamento. Por Allysson Teotonio