Presidente, qual a avaliação que o senhor faz sobre a decisão do STJ que anulou a quebra de sigilo fiscal e bancário do seu filho Flávio no processo das rachadinhas?
“Acabou a entrevista”, disse o irritado presidente, antes da pergunta ser concluída, fugindo apressadamente do local da coletiva.
Agora, vamos entender por que a pergunta ficou sem resposta.
O esquema de corrupção comandado por Flávio e Queiroz, que tem um chefe oculto que todos nós sabemos quem é, Mané, é uma das coisas mais óbvias do mundo político. Da Câmara Municipal ao Senado. Da direita, do centro e da esquerda.
Funciona assim: o parlamentar embolsa parte do salário dos servidores do seu gabinete. Dinheiro público desviado para o uso pessoal do parlamentar. Assim, financia sua campanha eleitoral, compra cabos eleitorais, votos, imóveis, automóveis, lojas de chocolate, viagens de turismo, enfim, engorda seu patrimônio pessoal e muitos ficam milionários.
Como cadeia não foi feita para ricos e poderosos, o parlamentar contrata advogados e padrinhos influentes, com o dinheiro do povo, para encontrar algum malabarismo jurídico que somente o dinheiro acha e, assim, ele vai escapando. Muitos até já morreram, e a grana já virou herança.
Enquanto isso, os bestas ficam gritando na porta dos palácios, cheios de orgulho: “Mito, mito, mito”.
Fim.
Allysson Teotonio
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